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Os Papéis de Aspern

Henry James

Auxiliado pela objetiva Mrs. Prest, o editor irá para Veneza em busca do objeto tão estimado. Caberá somente a ele conquistar a confiança de Miss Bordereau e finalmente descobrir novas informações sobre o autor e sua relação com Juliana.

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Crítica:

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Ah, Veneza! Quem precisa pagar horrores em passagens áreas e hospedagens quando podemos ler um livro como esse?

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Precisamos deixar claro, antes de tudo, que não é um romance. Não veremos casais apaixonados ou qualquer vestígio de sedução. Narrado em primeira pessoa, o livro nos mostra a visão do editor não nomeado em busca do último contato vivo de Jeffrey Aspern.

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Conhecemos Miss Bordereau, a famosa Juliana dos escritos de Aspern, e sua sobrinha, Miss Tina. Vivendo em um casarão na bela cidade italiana, o editor planeja cuidadosamente uma maneira de se infiltrar no local, obtendo sucesso após uma difícil conversa com a mais velha.

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Assim, vemos durante a leitura o lento progresso do editor. Suas aflições, seus planos. A idosa, que se recusa a sair de seu quarto, se torna um obstáculo para obter informações. Enquanto isso, é criada uma amizade com a tímida Miss Tina, que aceita ajudá-lo desde que não haja traição de sua parte em relação a tia.

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Mesmo com curtos diálogos, vemos que Juliana é uma velha astuta e interesseira, mas com o passado sendo uma pesada bagagem da qual não consegue se livrar. Seu sarcasmo torna o livro cômico e a leitura relaxante, prendendo o leitor do início ao fim.

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Nota: 9,5/10

Escrito por Alexia Dankan

Os Papéis de Aspern é mais um dos clássicos de Henry James. A busca pelas cartas do falecido autor, Jeffrey Aspern, faz com que um editor americano faça o possível e impossível para encontrá-las, até mesmo assumir um nome falso.

"Nós estamos numa escuridão terrível, bem sei, mas se desistimos de tentar, o que acontecerá com todas as coisas belas?"

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